Uma inusitada briga pelo uso de um cartão de crédito está ameaçando o show do Journey no Rock in Rio. A banda cancelou uma turnê pelo Reino Unido agendada para outubro citando "circunstâncias além do controle da banda" como justificativa.
Até agora, a turnê norte-americana, que está em andamento, não sofreu nenhuma alteração. O concerto no Rio de Janeiro, no dia 15 de setembro, em data ainda com ingressos disponíveis, também segue confirmado.
No centro da disputa estão os dois integrantes mais longevos da banda formada em 1973: o guitarrista Neal Schon, o único remanescente da formação original, e o tecladista e guitarrista Jonathan Cain, que entrou em 1980, e foi fundamental a levar o grupo a um novo patamar de sucesso, já que ele é coautor de praticamente todas as músicas lançadas pela banda a partir daquele momento.
Se no palco, o clima parece bom entre os músicos, nos bastidores a história é diferente. O uso, ou abuso, do cartão de crédito corporativo da banda está no centro de uma discórdia que vem levando Schon e Cain a se processarem mutuamente.
Schon também já acessou a justiça para proibir Cain de tocar em comícios de Donald Trump, como fez em uma ocasião.
Na última ação judicial, Cain acusou Schon de aumentar para US$1 milhão o limite do cartão corporativo e de gastar quase US$10 mil por dia, o que estaria comprometendo as finanças da banda, e a imagem dela perante a indústria.
Apesar das brigas, pelo menos até o atual momento, os compromissos da banda, que excursiona constantemente, nunca foram afetados. Os fãs brasileiros ficam na torcida para que tudo se resolva. O Journey só visitou o país uma única vez para um show em São Paulo há 13 anos.