Disponível na plataforma Disney+ desde 24 de maio, o documentário “The Beach Boys” revisita a história da banda californiana através de entrevistas e imagens de arquivo. Há depoimentos dos integrantes Brian Wilson, Mike Love, Al Jardine, David Marks, e Bruce Johnston, além de fãs da banda, caso de Janelle Monáe, Lindsey Buckingham e Ryan Tedder.
O filme chega para coroar uma série de lançamentos envolvendo os Beach Boys. Além da trilha sonora disponível nas plataformas de streaming, o disco Shut Down, Vol. 2 (1964), volta às lojas em uma edição limitada em vinil azul e branco. Uma biografia autorizada, “The Beach Boys by The Beach Boys”, saiu em abril.
Com seis décadas de carreira, a banda foi formada em 1961 pelos irmãos Brian, Carl e Dennis Wilson, junto do primo Mike Love e do amigo de escola Al Jardine, posteriormente substituído por David Marks. No ano seguinte, o grupo assinou com a Capitol Records e lançou o primeiro disco Surfin’ Safari (1962).
Com o primeiro disco, o grupo foi parar na rádio, popularizando as músicas sobre surfe, praia e amor. Ainda que existisse surf music, o gênero era instrumental, então ao adicionarem vozes, logo se tornaram um sucesso.
A partir de 1965, Bruce Johnson se uniu à banda para viajar, enquanto Brian Wilson permaneceu em Los Angeles, onde se dedicava ao trabalho em estúdio. Quando o músico elaborava Pet Sounds (1966), o restante do grupo estava excursionando no Japão.
Ao longo de duas horas, o documentário mostra o ápice e o declínio do grupo. Em uma entrevista de arquivo, Carl Wilson pergunta a Brian: “Qual é a razão do nosso sucesso?”. Para ele, era claro que a popularidade vem da despretensão: “a música celebra a alegria de viver de um jeito simples.”
Quando a Beatlemania desembarcou nos Estados Unidos, em 1964, os britânicos tiraram o protagonismo dos californianos. A rivalidade entre eles perdurou ao longo da década. Segundo Paul McCartney, “Pet Sounds é um dos melhores discos já feitos na história”.
No final da década de 1960, a cultura hippie que, a princípio, abraçou a banda, colidia com a realidade da época. A partir dos anos 1970, o rock psicodélico abraçava o progressivo em uma abordagem mais selvagem, então o romantismo e os vocais delicados dos Beach Boys foram para escanteio.