Depois de fazer barulho em 2018 com o disco "O Que Existe Dentro de Mim", a banda Adorável Clichê retorna a cena em 2024 com o novo trabalho, "Sonhos Que Nunca Morrem", lançado no mês passado.
”O álbum traz uma evolução do nosso som, mais na linha do primeiro álbum, do que dos cinco singles lançados nos últimos anos. É gostoso ouvir do início ao fim”, afirma o guitarrista Marlon Lopes. O músico, ao lado da vocalista Gabrielle Philippi, do baixista Gabriel Geisler e do tecladista Felipe Protski, forma uma das bandas mais interessantes da nova safra do rock nacional. Fundada em 2015, eles propõem um mergulho no emo, ao mesmo tempo que refrescam essa sonoridade.
Com nove músicas, o álbum de 2018 entrou em várias listas de melhores discos do ano, com destaque para as músicas "Falsa Valsa”, “Eu Só Queria Que Tudo Tivesse um Fim”, e “Crescer”.
Entre 2020 e 2023, eles lançaram os singles “Derrota”, “Mar Aberto”, “Cadência”, “Papel de Trouxa”, “Alarmes e Relógios”, “Gelo Fino” e “Até Mais”.
Neste segundo disco, a banda já lançou três videoclipes: "Aonde Mais", "Amarga", e "Um Sorriso Que Se Vai".
Guitarras altas, acompanhadas do vocal etéreo de Gabrielle, em uma combinação embebida de referências do dream pop, na linha Cocteau Twins e Beach House, do post rock, muito inspirado por Explosions in the Sky, e o shoegaze do Slowdive. O produtor Guilherme Chiapetta, colaborador de grupos como Rancore e Terno Rei, somou na mixagem e masterização do disco e dos singles.
As composições surgem no caderno de Gabrielle, que se inspira nas dinâmicas dentro de relacionamentos para propor questionamentos filosóficos. “As nossas emoções são ponteiros importantes para entendermos se algo que estamos inseridos está ou não sendo bom. É uma obviedade que esquecemos no calor do momento”, comenta a letrista.
Durante a pandemia, em uma transmissão na Twitch, Lucas Silveira, da Fresno, fez um review do trabalho da banda: “Como falar mal de um som cheio de reverb? Me lembra aquele emo mais leve, dos anos 1990. Parece que o guitarrista que mixou o disco porque as guitarras estão altas para um caralho e quase não se escuta a voz linda da vocalista”.